Bolsonarista de Mato Grosso é alvo de operação da Polícia Federal

Allan Diego Rodrigues teve sua prisão decretada pelo ministro do TSE Alexandre de Moraes

Bolsonarista de Mato Grosso é alvo de operação da Polícia Federal

A Polícia Federal (PF) deflagrou na manhã desta quinta-feira (29) a Operação Nero, contra um grupo de bolsonaristas suspeitos de participação na tentativa de invasão ao prédio da corporação, em Brasília (DF). Eles são investigados por participação nos atos de vandalismo ocorridos em 12 de dezembro.

Entre os alvos da operação, está o mato-grossense Allan Diego Rodrigues (32), da cidade de Comodoro (642 Km de Cuiabá). Allan teve sua prisão decretada pelo ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes. Ele é apontado como o responsável pela instalação de uma bomba em um caminhão de combustíveis no entorno do aeroporto de Brasília, no dia 24 deste mês.

Antes do atentado à bomba, Allan já tinha sido identificado como um dos participantes nos atos de vandalismo e na tentativa de invasão à PF. Desde então, o mato-grossense é procurado pela polícia.

O pedido de prisão contra Allan Diego foi expedido logo após a prisão do bolsonarista George Washington de Oliveira Sousa, que segundo as investigações, é apontado como o autor da tentativa de atentado. E foi através da prisão de George que o nome de Allan Rodrigues entrou para a lista de procurados da operação.

Allan Rodrigues foi candidato a vereador na cidade de Comodoro em 2016 pelo Partido Social Democrático (PSD), porém não conseguiu se eleger. Após saberem do caso na terça-feira (27), a Executiva do partido em Mato Grosso decidiu expulsá-lo da legenda.

O CASO

Os ataques à sede da PF e a veículos estacionados nas ruas do entorno do prédio ocorreram na noite do dia 12 de dezembro, após a prisão do indígena bolsonaristas, José Acácio Sererê Xavante.

O vandalismo é parte da escalada de atos patrocinados por apoiadores do presidente da República Jair Bolsonaro (PL).

Sererê foi preso após pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR), que apontou sua participação em protestos na capital federal.

Os responsáveis pelos atos poderão ser punidos na Justiça, com base na Lei Antiterrorismo.

*COM INFORMAÇÕES DA FOLHA DE SÃO PAULO