Ex-secretário e lobista já tinham enviado 5 remessas internacionais de cocaína
AÇÃO DE INTELIGÊNCIA DA PF
O ex-secretário de Estado de Ciência, Tecnologia e Inovação (Seciteci), Nilton Borgato (PSD), e o ex-assessor do ex-governador Silval Barbosa, o lobista Rowles Magalhães, já tinham enviado cerca entre quatro e cinco remessas internacionais de cocaína, segundo a Polícia Federal (PF). Eles são apontados como líderes de uma organização criminosa que enviava o produto a outros países.
Segundo a PF, Rowles aparece como um dos principais integrantes da organização, junto a outras pessoas que também lideravam o esquema. Os agentes afirmaram que chegaram até o lobista e o ex-secretário por meio de técnicas investigativas e devido à ação de inteligência da Polícia.
A Operação Descobrimento foi deflagrada na manhã desta terça-feira (19), com a prisão de Nilton e Rowles. Ao total, foram cumpridos 46 mandados de busca e apreensão e nove mandados de prisão preventiva no Brasil e em Portugal.
As investigações tiveram início em fevereiro de 2021, quando um jato executivo Dassault Falcon 900, pertencente a uma empresa portuguesa de táxi aéreo, pousou no aeroporto internacional de Salvador (BA) para abastecimento. Após ser inspecionado, foram encontrados cerca de 595 kg de cocaína escondidos na fuselagem da aeronave.
A partir da apreensão, a Polícia Federal conseguiu identificar a estrutura da organização criminosa atuante nos dois países, composta por fornecedores de cocaína, mecânicos de aviação e auxiliares (responsáveis pela abertura da fuselagem da aeronave para acondicionar o entorpecente), transportadores (responsáveis pelo voo) e doleiros (responsáveis pela movimentação financeira do grupo).
Apreensão
Na residência de Borgato, foram encontrados vários itens de luxo, como bolsas, U$$ 4 mil em dólares, R$ 29,3 mil e diversos diamantes - que estavam escondidos em baixo da cama do ex-secretário.
O ex-chefe da Seciteci foi exonerado do alto escalão do Palácio Paiaguás no dia 31 de março, para disputar uma vaga na Câmara Federal.
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